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Sete em cada dez (71%) consumidores online deixaram de comprar produtos ou serviços na Internet por medo de sofrer um golpe, aponta uma pesquisa feita pela Branddi, empresa de proteção de marcas no ambiente digital.
Dentro desse universo, a maior parte das pessoas não efetivou a aquisição ou por não sentir segurança nas plataformas de e-commerce (20,5%) em que estavam comprando ou por desconfiar de anúncios nas redes sociais (15,5%).
Na avaliação de Diego Daminelli, CEO da Branddi, números como esses reforçam como, para além das estratégias de segurança em si, que existem para proteger as plataformas de invasões e golpes virtuais, as marcas também devem se atentar – e cada vez mais – para como suas imagens são utilizadas pelos golpistas na Internet.

Mais do que perdas em vendas, as empresas enfrentam também crises de reputação. “As pessoas já conhecem algumas modalidades de golpe, como os avisos falsos de compras com o cartão que chegam via WhatsApp, por exemplo”, afirma ele. “No entanto, nem todo mundo sabe reconhecer um anúncio, perfil ou mesmo um site falso. Quando elas caem em um golpe por causa disso, boa parte da culpa vai, injustamente, para a própria marca – sendo que ela também é vítima”, prossegue.
De fato, o estudo da Branddi aponta que 82% dos entrevistados já se depararam com essas tentativas de golpes na Internet. A maior parte (cerca de 45%) aponta que elas envolveram anúncios manipulados em redes sociais, como Facebook, Instagram e TikTok. Outras 15,5% relatam que as fraudes envolviam perfis falsos nas mesmas plataformas.

A estratégia é simples: criar campanhas idênticas às das marcas, mas com preços muito menores do que os originais. Com isso, há mais chance de serem clicadas e, em alguns casos, da venda falsa ocorrer. “Tem acontecido com todos os setores: dos eletrônicos às perfumarias, dos vestuários aos grandes marketplaces”, explica Daminelli.
O objetivo dos criminosos é fazer o cliente comprar o produto por meio do perfil ou anúncio falso e, depois, nunca entregá-lo.
São dados maiores do que as tentativas de golpe com sites falsos (13%) ou com as lojas falsas dentro de plataformas de e-commerce (7,6%), por exemplo. Para o CEO da Branddi, isso se explica pela facilidade em produzir os anúncios falsificados e publicá-los nas redes.
“De um lado, é essencial que as marcas criem estratégias de marketing para suas mídias sociais. São nelas que está a maioria dos consumidores. Não tem como um negócio que quer ter bons resultados estar fora do Instagram”, reflete Daminelli.
“Mas, por outro, em um espaço tão grande de fluxo de informações, elas precisam ficar atentas sobre como sua imagem pode estar sendo manipulada. Do ponto de vista de reputação, isso é um desastre”, reforça ele.
Os brasileiros estão caindo em golpes?
Não são poucos casos: a pesquisa da Branddi perguntou aos consumidores se eles tinham caído em algum golpe digital recentemente – e ouviu de quatro em cada dez deles (37,4%) que sim.
Mais do que isso, a ocorrência mais comum tinha sido, justamente, a partir de um anúncio falso nas redes (11% dos casos), seguido pelos perfis falsos (6,3%). “Esses números ainda são muito altos, não só para a experiência de comprar online, mas também para a relação das pessoas com as marcas – que, no nosso varejo, é um elemento central para fidelizar clientes e atrair novos”, finaliza Daminelli.
''Os dados mostram que a confiança do consumidor está sob ataque. Blindar a marca contra usos indevidos e golpes digitais deixou de ser apenas uma opção – é uma questão de sobrevivência no varejo digital brasileiro'', finaliza ele.
Metodologia
A pesquisa da Branddi ouviu 500 consumidores online de todas as idades e de todos os estados do país em agosto de 2025.
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