
Resumidamente, podemos dizer que cybersquatting é a prática maliciosa de registrar nomes de domínio que usam marcas de terceiros, com o objetivo de obter lucro, desviar tráfego ou prejudicar a reputação de uma empresa.
Essa é uma das ameaças digitais que mais crescem e, aqui na Branddi, entendemos a fundo os seus impactos, pois combatê-la é parte do nosso dia a dia.
Essa tática pode parecer distante, mas suas consequências são diretas e podem gerar desde perdas financeiras significativas até danos irreparáveis à confiança que seus clientes depositam em você.
Convidamos você a continuar a leitura para desvendar como essa prática funciona, os riscos reais que ela representa para o seu negócio e, principalmente, quais são as estratégias mais eficazes para proteger seu ativo mais valioso: sua marca!
O que é cybersquatting?
Para entender o cybersquatting, pense nele como uma espécie de "grilagem de terras" no mundo digital. Ou seja, de forma direta, é a prática de uma pessoa ou empresa registrar um nome de domínio na internet que seja idêntico ou muito semelhante ao de uma marca já estabelecida, sem ter qualquer direito sobre ela.
O objetivo do cybersquatter (o infrator) quase sempre envolve má-fé, e pode variar entre:
- Vender o domínio: tentar vender o endereço eletrônico para o dono da marca por um valor inflacionado;
- Desviar tráfego: direcionar os clientes da sua marca para um site concorrente ou uma página com anúncios;
- Aplicar golpes: criar um site falso para vender produtos piratas;
- Manchar a reputação: usar o domínio para publicar conteúdo negativo sobre a sua empresa.
A prática é tão disseminada que existem mecanismos internacionais, como a Política Uniforme de Resolução de Disputas de Nomes de Domínio (UDRP), criados especificamente para resolver esses conflitos de forma mais ágil que um processo judicial tradicional.
Como o cybersquatting funciona?

O funcionamento do cybersquatting é perigosamente simples e se aproveita da velocidade do ambiente digital.
O processo geralmente ocorre em três etapas claras:
- Identificação do alvo: o infrator monitora o mercado em busca de oportunidades. Pode ser uma marca em ascensão, o lançamento de um novo produto ou uma empresa que não registrou variações do seu domínio (como .net, .shop ou versões com erros de digitação);
- Registro rápido: com um investimento baixo e em poucos minutos, o cybersquatter registra o domínio desejado. O sistema de registro opera na base do "primeiro a chegar, primeiro a ser servido", o que facilita essa ação;
- Monetização e ataque: Com o domínio em mãos, a intenção maliciosa se concretiza. As táticas mais comuns aqui incluem vender o domínio para a marca por um preço exorbitante, configurar um site falso para aplicar golpes ou vender produtos piratas, capturar tráfego por erro de digitação (Typosquatting) ou simplesmente estacionar o domínio com anúncios para lucrar com os cliques.
Não é por acaso que o número de disputas por domínios, como as gerenciadas pela UDRP, cresce a cada ano, já ultrapassando a marca de 6.000 casos anuais globalmente, segundo dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
Lembre-se: a simplicidade e o baixo custo tornam o cybersquatting uma ameaça acessível e constante.
Quais são os principais tipos de cybersquatting?
A criatividade dos golpistas é vasta, e o cybersquatting não é uma tática única, mas sim um arsenal de estratégias desenvolvidas para enganar, roubar e prejudicar. Para isso, cada método explora uma vulnerabilidade diferente, seja um simples erro de digitação do usuário ou a confiança depositada em grandes marcas.
Sendo assim, conhecer as principais variações dessa ameaça é o primeiro passo para construir uma defesa sólida.
A seguir, detalhamos as modalidades mais comuns que monitoramos e combatemos diariamente.
Typosquatting

Esta é talvez a forma mais conhecida de cybersquatting. A tática consiste em registrar domínios com erros ortográficos de marcas famosas, apostando no erro humano para capturar tráfego.
Mas a estratégia vai além do erro de digitação: a escolha da terminação do domínio (TLD) também é calculada.
Segundo o relatório ThreatLabz 2024, 39,4% dos domínios maliciosos usam a terminação .com para parecerem mais confiáveis.
Ao mesmo tempo, os golpistas exploram terminações de baixo custo como .xyz (11,1%) e .top (5,4%) para registrar um grande volume de domínios e escalar seus ataques.
Homógrafos (ou homóglifos)
Aqui a mudança é visual e muito mais sutil. O ataque com homógrafos utiliza caracteres de outros alfabetos (como o cirílico) que são visualmente idênticos aos do alfabeto latino.
Por exemplo, o domínio apple.com pode ser falsificado usando um "a" cirílico (аpple.com), que para o olho humano é indistinguível. O navegador, no entanto, interpreta como um endereço completamente diferente.
Essa tática é extremamente perigosa porque até mesmo usuários atentos podem ser enganados, tornando os sites de phishing criados com essa técnica muito eficazes.
Combosquatting
No Combosquatting, o golpista combina o nome de uma marca legítima com palavras-chave que transmitem urgência ou confiança. Eles registram domínios como suporte-netflix.com, login-banco-br.net ou promo-amazon.shop.
A tática visa fazer com que o usuário acredite estar em uma página oficial de suporte, login ou de promoções da marca.
É uma forma de engenharia social que explora a confiança do cliente na marca original para direcioná-lo a sites falsos, sendo uma das principais portas de entrada para golpes de phishing.
Soundsquatting

Com a popularização de assistentes de voz como Siri e Alexa, surgiu o Soundsquatting.
Essa técnica consiste em registrar domínios que têm uma pronúncia similar à de marcas famosas, mas com grafia diferente.
Por exemplo, um golpista pode registrar naik.com para capturar usuários que disseram "Nike" e foram mal interpretados pela tecnologia.
Essa nova frente de ataque surge em um cenário onde o phishing não para de crescer: de acordo com o Relatório de Phishing 2024 da ThreatLabz, os ataques aumentaram 58,2% em apenas um ano, impulsionados por novas tecnologias e táticas.
Name Jacking (sequestro de nome)
O Name Jacking é a prática oportunista de registrar domínios relacionados ao nome de uma pessoa, produto ou evento que ganhou notoriedade repentina.
A lógica é a mesma usada contra grandes corporações: atacar nomes de alta confiança e relevância.
A prova está nos números: dados do relatório ThreatLabz 2024 mostram que apenas três gigantes – Google (28,8%), Microsoft (23,6%) e Amazon (22,3%) – somam 74,7% de todos os domínios de phishing que exploram reputação e erros de digitação, pois é onde o retorno financeiro para os criminosos é maior.
Como o cybersquatting impacta marcas?
Os impactos do cybersquatting vão muito além do incômodo de ter um domínio registrado indevidamente. Afinal, essa prática maliciosa atinge o coração do negócio, gerando prejuízos em múltiplas frentes: desde a reputação construída com esforço até a segurança financeira e a confiança dos seus clientes.
E entender a dimensão desses danos é o primeiro passo para justificar a proteção de marca como uma prioridade estratégica, e não apenas uma despesa.
Vamos lá?
Danos à reputação

Quando um criminoso usa o nome da sua marca para aplicar um golpe, o dano é imediato, mesmo que sua empresa não tenha nenhuma culpa.
E é isso que provou uma pesquisa global da Callsign, divulgada pela TI INSIDE, que revelou um dado alarmante: o simples fato de receber uma mensagem falsa se passando por uma marca é suficiente para que 57,8% dos consumidores brasileiros percam a confiança nela.
Isso significa que, antes mesmo de um cliente cair no golpe, sua reputação já está sendo erodida pela ação dos golpistas.
Perdas financeiras
O impacto no caixa é imediato e multifacetado. E as perdas financeiras vêm de várias direções:
- Vendas diretas desviadas: clientes que compram em sites de pirataria ou de golpistas que se passam pela sua marca;
- Custos de marketing inflacionados: concorrentes e golpistas que dão lances em suas palavras-chave de marca (brand bidding), aumentando o seu Custo por Clique (CPC);
- Despesas com suporte: aumento no volume de reclamações, pedidos de estorno e horas da equipe para gerenciar crises com clientes lesados.
Perda de confiança do público

A confiança é um dos ativos mais valiosos de uma marca, e o cybersquatting a destrói. Afinal, o consumidor moderno espera que as empresas protejam seu ambiente digital.
A pesquisa realizada pela Branddi em 2025 é clara: 88% dos consumidores consideram o investimento em proteção contra golpes um diferencial positivo para a fidelização. Além disso, 58% apontam a confiança na marca como um dos principais fatores para a decisão de compra.
Lembre-se: quando a marca não age, ela não apenas perde um cliente, mas também a confiança que levaria anos para ser reconstruída.
Custos legais e operacionais
Combater o cybersquatting por conta própria gera custos significativos. Isso porque o processo envolve despesas legais para iniciar uma disputa (como um processo UDRP), além de incontáveis horas de trabalho das equipes jurídicas, de marketing e de TI para identificar as ameaças, documentar as infrações e acompanhar cada caso.
Isto é, esses recursos, que poderiam estar sendo investidos no crescimento do negócio, acabam sendo drenados para apagar incêndios, tornando a operação mais cara e menos eficiente.
Redução no tráfego e na visibilidade
Domínios de cybersquatting são usados para roubar seus cliques e sua visibilidade online. Para isso, eles podem aparecer nos resultados de busca do Google (SEO) ou, de forma ainda mais agressiva, serem usados em anúncios pagos (PPC) que aparecem acima dos seus próprios links patrocinados.
Essa prática, conhecida como brand bidding, desvia clientes qualificados que estavam procurando ativamente por você, impactando diretamente suas métricas de marketing e o retorno sobre o investimento em anúncios.
Aumento da vulnerabilidade a golpes
Um domínio de cybersquatting raramente é um fim em si mesmo; ele é uma ferramenta para golpes maiores. Como resultado, ele se torna a página de destino de e-mails de phishing, anúncios falsos em redes sociais e links maliciosos em grupos de WhatsApp.
Ao permitir que esses domínios existam, sua marca se torna, involuntariamente, um vetor para que seus clientes sejam expostos a mais golpes, aumentando a percepção de que interagir com sua empresa no ambiente digital é arriscado.
Como blindar a sua marca contra o cybersquatting?
Blindar sua marca contra o cybersquatting não é uma ação única, mas um processo contínuo e estratégico. Afinal, ameaças surgem diariamente, e uma defesa eficaz exige uma abordagem em múltiplas camadas.
Aqui na Branddi, não apenas entendemos os riscos, como os combatemos ativamente para centenas de empresas. E com base em nossa experiência, compilamos os pilares essenciais para proteger seu ativo mais valioso.
A seguir, detalhamos o passo a passo para transformar sua marca em uma fortaleza digital, capaz de antecipar e neutralizar as ameaças antes que elas causem danos.
Registre sua marca no INPI e em órgãos internacionais
O registro oficial da sua marca é o alicerce de toda a sua estratégia de proteção. Sem ele, você não tem a base legal para combater o uso indevido do seu nome.
No Brasil, o processo começa no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), garantindo seus direitos em território nacional. Porém, para uma proteção mais ampla, é fundamental estender o registro a órgãos internacionais, como a WIPO (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), especialmente se sua marca opera ou pretende operar em outros países.
O passo a passo básico inclui a pesquisa de viabilidade, a submissão do pedido e o acompanhamento do processo.
Monitore continuamente o uso da sua marca online

O registro da marca é o primeiro passo, mas a proteção real acontece no dia a dia. Afinal, golpistas agem rápido, registrando domínios, criando perfis falsos e lançando anúncios fraudulentos em questão de horas. Por isso, o monitoramento contínuo é indispensável.
E a escala do problema é massiva: dados da Serasa Experian apontam que, apenas em novembro de 2023, foram registradas mais de 26 mil tentativas de golpes como esses por dia no Brasil.
Diante desse volume, a vigilância manual é impossível: é preciso usar tecnologia para rastrear menções à sua marca em domínios, redes sociais, marketplaces e anúncios, permitindo a identificação e a derrubada rápida das ameaças antes que causem danos maiores.
Conte com parceiros especializados
A luta contra o cybersquatting exige conhecimento técnico, jurídico e um profundo entendimento das políticas de dezenas de plataformas digitais. Por isso, tentar gerenciar esse processo internamente drena recursos valiosos e desvia o foco do seu time do que ele faz de melhor: crescer o negócio.
E parceiros especializados como a Branddi existem para isso. Afinal, eles combinam tecnologia de ponta para o monitoramento em escala com a expertise humana para executar as ações de remoção (takedown) de forma rápida e eficaz.
Essa abordagem não apenas garante melhores resultados na remoção das ameaças, mas também libera sua equipe para focar em suas atividades principais, transformando a proteção de marca em um investimento estratégico com retorno claro.
Não deixe o cybersquatting roubar os seus resultados!
Agora você entende o que é o cybersquatting, seus diferentes tipos e os danos que ele pode causar à sua receita e reputação.
A boa notícia é que você não precisa enfrentar essa batalha sozinho: na Branddi, transformamos a defesa da sua marca em uma operação de inteligência, combinando o poder da Inteligência Artificial com a atuação de especialistas dedicados.
Tudo isso por meio da nossa plataforma que monitora 24/7 a internet em busca de qualquer uso indevido do seu nome, desde o registro de domínios falsos até anúncios que praticam concorrência desleal.
Dessa forma, quando uma ameaça é detectada, nossa equipe entra em ação para neutralizá-la rapidamente.
E os resultados são concretos: já identificamos e derrubamos mais de 50.000 domínios falsos, recuperando receitas e protegendo a confiança de milhões de consumidores para mais de 300 marcas ao redor do mundo.
Não espere que um golpe afete seus clientes para começar a agir: sua marca é o seu maior ativo, e protegê-la é um investimento estratégico.
Visite nosso site, conheça nossas soluções e avance em direção ao futuro da proteção de marcas com o marketing de blindagem!
Pronto para blindar sua marca?
Não deixe seus clientes caírem nas garras de concorrentes, golpistas e aproveitadores.